09/07/18
Seguindo o propósito de desenvolvimento sustentável da região, a Urbanizadora Paranoazinho em parceria com o escritório de paisagismo das Arquitetas, Urbanistas e Paisagistas Mariana Siqueira e a Tauana Ramthum, criará o Viveiro de espécies nativas da flora do cerrado, o primeiro no Distrito Federal a trabalhar com gramíneas, herbáceas e arbustivas do Cerrado. A inciativa visa não somente a produção de plantas nativas para recuperação de áreas degradadas e compensações florestais da Fazenda Paranoazinho , mas também ser um espaço para o desenvolvimentos de pesquisas acadêmicas para aprimoramento do uso de espécies rasteiras do Cerrado no paisagismo, bem como ser um pólo de atratividade para a educação ambiental e práticas sustentáveis. Após a assinatura do memorando de entendimentos com os termos da parceria, nesta quinta (05), a expectativa é que o projeto inicie nos próximos 6 meses.
“Trazer o cerrado para perto das pessoas”, conta Mariana Siqueira, uma das responsáveis pelo desenvolvimento do projeto. “Queremos criar manifestações paisagísticas do Cerrado na região, construindo paisagens que remetam à esse bioma dentro do ambiente urbano”, pontua.
Mariana, juntamente com Tauana Ramthum, compõem a iniciativa “Jardins de Cerrado”, que trabalha pela valorização da vegetação nativa, principalmente do estrato rasteiro do Cerrado em projetos paisagísticos urbanos.
Uma das grandes preocupações, conta Tauana, é valorizar as espécies do Cerrado que não sejam apenas árvores. “Hoje quando se fala de Cerrado as pessoas ainda remetem muito as árvores. Porém, boa parte da vegetação do bioma é composta por gramíneas, ervas e arbustos. Por isso sempre tentamos valorizar o máximo essas outras espécies para que as pessoas tenham também esse conhecimento”, relata.
Mirella Glajchman, Coordenadora de Meio Ambiente da Urbanizadora aponta que “é muito importante para nós enquanto empresa fomentarmos este tipo de iniciativa. Hoje, a sustentabilidade é um pilar, e iniciativas como a do viveiro contribuem para que nós possamos dar qualidade ambientais aos nossos trabalhos de recuperação de áreas degradadas na Fazenda Paranoazinho”, comemora Mirella.
A coordenadora salienta a importância da criação do viveiro para as atividades da empresa. “Uma das atividades do viveiro será o resgate genético das plantas da Fazenda Paranoazinho. Vamos realizar a coleta das sementes das matrizes identificadas nos inventários florestais executados na área e produziremos parte das mudas com esse material. A ação valoriza os remanescentes vegetais da Fazenda Paranoazinho pois essas plantas já estão adaptadas às condições climáticas da região. Além disso, vamos ativar toda uma cadeia produtiva de coletores de sementes do Cerrado gerando trabalho e renda para centenas de famílias das áreas rurais do DF e entorno. Isso trará valor ambiental, social e econômico ao nosso produto final”.
O projeto também prevê o desenvolvimento de pesquisas. “Usaremos o viveiro para pesquisas sobre reprodução de espécies, mas também para fazermos experimentos de aplicação de paisagismo urbano”.