20/03/18
Entre os principais temas debatidos no primeiro dia do 8° Fórum Mundial da água, a gestão dos recursos hídricos para cidades no futuro foi tema de um dos espaços do Fórum. Estiveram presentes representantes da Índia, França, Senegal, Coreia do Sul, Suécia e Brasil. A buscas por soluções sustentáveis foi a chave de um debate que apresentou ideias aplicadas em todo o planeta.
A pesquisadora Indiana Sonia Gupta, do Centre For Built Environment (CBE), destacou o trabalho que vem sendo feito em seu país para reutilização da água da chuva e como isso melhorou a qualidade de vida da população da cidade de Calcutá. “Em uma escola com um teto de 60m², conseguimos captar em média, 35 mil litros de água por ano”. A pesquisadora destacou que ideias inovadoras como essa vem melhorando a saúde da população indiana. “Na índia, 60% da população não tem acesso a água tratada. Apenas 2,4% de nossas reservas vão para a agricultura. O uso da água da chuva além de levar água a locais insalubres, melhora a relação do indivíduo com o meio ambiente.
Na análise da realidade brasileira, Christophe Warnier, CEO da empresa sueca SUEZ, alertou como o cenário brasileiro de desperdício de água é alarmante. De acordo com o representante, “ 35% da água potável de todo o planeta está no Brasil”. Da mesma maneira, o maior desperdício de água também é registrado em nossa nação. “Por ano, no Brasil, se perdem nos sistemas de distribuição das empresas de água o equivalente a seis sistemas da Cantareira cheios”. A SUEZ fez várias parcerias no Brasil com diversas empresas do setor de água. A Companhia de Saneamento e Abastecimento de Águas de São Paulo é uma delas.
De acordo Com Warnier, “A SUEZ atua substituindo as redes de distribuição da empresa, evitando perdas e diminuindo o desperdício em até 98%”. Além da Companhia paulista, a empresa também firmou acordos com os sistemas de abastecimento de Recife e São Luís, no Nordeste.