30/10/14
Durante os mais de três meses de campanha, o governador eleito Rodrigo Rollemberg (PSB) assumiu uma série de compromissos com a população do Distrito Federal. Entre as promessas, algumas devem trazer mais dificuldades para o novo chefe do Executivo local colocar em prática. A eleição direta para administrador regional, por exemplo, é uma delas — quando assumiu o Palácio do Buriti, Cristovam Buarque tinha a mesma intenção, mas não conseguiu fazê-la virar realidade. Não aceitar indicações políticas e reduzir em 60% o número de cargos comissionados são outras medidas anunciadas pelo socialista nada fáceis de serem cumpridas. O Correio enumerou 15 das principais bandeiras de Rollemberg e listou as dificuldades que o novo governador terá com cada uma delas.
A mobilidade urbana foi outro tema abordado insistentemente pelo socialista no período eleitoral. Para resolver os problemas da área, ele prometeu que a ferrovia Brasília/Luziânia fará transporte de passageiro; construir a via interbairros para beneficiar a região de Águas Claras, Guará, Taguatinga e Sobradinho; fazer o BRT Norte; implantar o bilhete único; e expandir o metrô. Segundo Paulo Cesar Marques, especialista em trânsito, as medidas são viáveis, mas será necessária muita vontade política do futuro chefe do Buriti para que elas virem realidade. “São obras importantes, mas exigem investimento muito alto e, consequentemente, prioridade para a área”, explica.
A gestão do Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha é outro desafio. Segundo afirmou ao Correio em entrevista publicada ontem, o futuro governador pretende discutir com o segmento produtivo a concessão da estrutura, de forma que a população possa acompanhar o processo. Para isso, ele criará um conselho integrado por representantes das áreas cultural e esportiva.
Neio Lúcio Campos, doutor em planejamento urbano regional e especialista em turismo, no entanto, acredita que a medida pode enfraquecer o Conselho de Desenvolvimento do Turismo no DF (Condetur), criado pelo próprio Rollemberg quando foi secretário de Turismo, em 1996 e 1997. “O ideal seria o Condetur definir as diretrizes a serem seguidas pelo futuro administrador, e a Terracap, dona do imóvel, entrar com a parte jurídica”, acredita.
Fonte: Correio Braziliense